13 junho 2021

Pelourinho de Vilar Seco - Nelas

O Pelourinho de Vilar Seco localiza-se na freguesia de Vilar Seco, concelho de Nelas, distrito de Viseu, em Portugal. Este pelourinho encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1933.
Este pelourinho de gaiola foi reconstruído a partir de fragmentos. É constituído por três degraus onde assenta um fuste prismático, sem base, de oito faces lisas. O cimo é em gaiola aberta de oito colunelos baixos, assentes em taça octogonal. A cobertura é em cúpula poligonal coroada por moldura circular e duas esferas escalonadas, sobrepostas em pináculo. A história de Vilar Seco está intimamente ligada à do antigo concelho de Senhorim, do qual chegou a ser sede. Senhorim teve primeiro foral outorgado por D. Afonso Henriques, conforme se pode ler no preâmbulo do foral manuelino de 1514. No século XIII, o concelho era formado pelos territórios das actuais freguesias de Senhorim, Nelas, Santar e Vilar Seco. Esta última foi instituída como cabeça do concelho, em substituição da Vila de Senhorim, recebendo o pelourinho na sequência da doação do foral novo de D. Manuel. Na mesma altura se terá construído a casa da Câmara e cadeia comarcã em Vilar Seco, que a tradição oral ainda hoje evoca ter existido anteriormente no Largo do Terreiro de Senhorim. Este concelho foi extinto em 1852, passando a integrar o de Nelas, e o pelourinho acabou por ser destruído, em data incerta. O monumento actual é uma reconstituição de 1949, que tomou em conta outros pelourinhos do género, e ainda o único elemento que restava do original, nomeadamente a base da gaiola (em muito mau estado de conservação). O pelourinho possui base de três degraus octogonais, de aresta, sendo composto por coluna oitavada e remate em gaiola. Esta é formada por uma taça oitavada, de faces côncavas, assente sobre duas estreitas molduras octogonais, e com rebordo rematado por molduração idêntica; sobre o rebordo existem oito colunelos baixos, que sustentam um chapéu em cúpula octogonal rebaixada, encimada por um pináculo embolado. SML

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Património Cultural