Património Cultural
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20 junho 2021
Estátua do Cristo-Rei - Vilar Seco - Nelas
Esta estátua, erigida em homenagem ao Cristo Rei, permite uma bela vista para Vilar Seco. Tem cerca de 2,5 metros de altura e encontra-se assente numa base com cerca de 2,5 metros
13 junho 2021
Pelourinho do Folhadal - Nelas!
Este pelourinho tem dois degraus com uma base diminuta e chanfros que originam uma secção octogonal. No quinto superior do fuste destaca-se uma estreita gola com aro de ferro. No cimo tem uma pirâmide quadrangular de faces lisas.
O Pelourinho situa-se no Largo da Capela de Nossa Senhora da Tosse, no Folhadal.
A primeira referência escrita ao Folhadal data de 1286, respeitando a uma carta de aforamento outorgada por D. Dinis aos moradores da localidade, então pertencente ao julgado de Senhorim. Embora tenha pertencido aos antigos concelhos de Canas de Senhorim e de Senhorim, é natural que chegasse a possuir alguma autonomia, visto que possuía direito de justiça própria, ainda que nunca alargada por doação de foral. Pertence desde 1853 ao Concelho de Nelas, estando o seu território definitivamente integrado na freguesia de Nelas. O Folhadal teve pelourinho, único testemunho do seu perdido estatuto, que ainda hoje se levanta num largo da antiga povoação, e que parece ter sido razão de longa discórdia entre os moradores locais e os de Nelas. De facto, e após a anexação do Folhadal, os habitantes de Nelas terão tentado transferir o monumento para a sede do concelho, à revelia dos moradores, que sempre o conseguiram impedir.
O pelourinho, que é considerado obra do século XVII, ergue-se sobre soco de dois degraus circulares, sem rebordo, e (como o resto do conjunto) consideravelmente desgastados. A coluna assenta directamente sobre o soco, possuindo fuste de secção quadrangular, com arestas chanfradas a partir dos primeiros centímetros da base e até perto do topo, formando planos mais estreitos que as faces principais. O remate é talhado na mesma peça do fuste, e consta de uma pirâmide de base quadrada, ligeiramente saliente em relação à coluna. A pouca distância do remate existe um estreito aro em ferro, aninhado numa cavidade circular pouco profunda, escavada em torno do fuste. Segundo os locais, este aro foi colocado para reforçar a estrutura, após uma das já referidas tentativas de levar o pelourinho para Nelas. O monumento foi restaurado em 1949.
Trata-se de um marco de Arquitetura Civil, maneirista, é do tipo “pinha” piramidal de secção quadrangular, com fuste quadrado de vértices chanfrados, liso, desprovido de decoração.
É um pelourinho rústico de proporções atacarracadas e linhas simples, onde os materiais presentes na sua construção são apenas o granito e o ferro no aro.
Será ainda interessante notar que existem vários outros pelourinhos com configuração similar, e o mesmo carácter tosco e singelo, no distrito de Viseu; entre muitos outros, vejam-se os pelourinhos de Janardo, Ladário, Lalim, São João do Monte ou Arcos. Ainda que sejam de construção contemporânea ou anterior (visto que muitos datam da primeira metade do século XVI), e tenham caráter mais ou menos elaborado, a maior parte dos pelourinhos do distrito possuem uma tipologia semelhante, com remate piramidal, muitas vezes embolado.
Associação do Folhadal - Nelas
Historial
A Associação do Folhadal – Centro Social, Cultural e Recreativo comemora em 2019 o seu 80.º aniversário, um acontecimento que deseja celebrar de forma festiva e participada. Não é todos os anos que uma colectividade atinge tão bela idade, com um currículo que deixa orgulhosos os associados e toda a população. Mas também, com vontade de continuar a servir a comunidade, cuja obra é sua, nas várias etapas e com variadíssimos intervenientes. Nada se faz com apenas uma pessoa, ainda que algumas marquem de forma indiscutível toda a dinâmica associativa.
A Associação do Folhadal foi criada em 1939 a partir de um
dos dois ranchos folclóricos existentes na altura “Os Fenianos e os Valentim”,
que aos fins-de-semana juntavam homens e mulheres para dançar. A partir desses
dois ranchos, com o apoio da população, Abílio Pais Cabral e Augusto Pais dos
Santos, de apelido Cartuxo, consolidam um grupo que passou a organizar
regularmente bailes e festas tradicionais. Inspirados pelo movimento feniano
com origem no Brasil, os dois ranchos deram origem a um único grupo, que passou
a designar-se Grupo Recreativo Os Fenianos. No sentido de terem um espaço
protegido e que servisse de sede provisória, os fundadores alugaram o espaço
ocupado por um antigo lagar de vinho, sobre o qual foi montado um palco, com um
corredor envolvente com serventia de camarim, um pequeno bar e uma porta
lateral com acesso ao exterior. Durante décadas o local ficou conhecido como
sendo o Salão, onde se organizavam bailes, ficando conhecidas as famosas
matinées, e para onde foi adquirida a primeira televisão da aldeia em 1961.
Salienta-se que as emissões regulares da RTP tinham começado em 1957.
O sucesso dos bailes foi tão grande que as festas pagãs
associadas às festas religiosas da Páscoa e da Santa Eufémia realizavam-se num
recinto ao ar livre. Esse recinto improvisado foi durante muito tempo instalado
no Largo do Colóquio, antes de ser ligado à Rua do Pombal. Mais tarde, o evento
passou a realizar-se num terreno na Rua do Cabeço ou num terreno a meio da Rua
Olímpio Albuquerque. Quem não se lembra destes bailes e das festas? Eram
afamadas no concelho e na região. Por aqui passaram vários agrupamentos
musicais como Ases do Ritmo, autores da música dedicada ao Folhadal, e os seus
herdeiros Diapasão, assim como o agrupamento Central Troviscal. Quem não se
lembra do terreiro vedado com falheiras de pinho ao alto, com a bilheteira à
entrada e o pavimento do dancing construído com tábuas, no meio do recinto. Sem
esquecer as luzes de várias cores que criavam um ar de festa e completavam todo
o cenário. E o que dizer da tão aguardada “dança da flor”!
Foi assim até ao início da década de 80. A partir daqui os
bailes deixaram de estar na moda e a Associação procurou outros rumos.
Primeiro, com a aquisição do espaço limítrofe ocupado pelo antigo lagar de
azeite, depois com o início gradual das obras da nova Sede. Simultaneamente, a
Associação passou a procurar novos objectivos. A partir de 22 de Maio de 1990,
a colectividade passou a assumir a designação de Associação do Folhadal – Centro
Social, Cultural e Recreativo, alargando as suas actividades na área social.
Meses depois, a 1 de Junho de 1990, a Associação do Folhadal foi declarada
Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS). No dia 7 de Novembro de
1992 foi inaugurado o actual Bar e a 1 de Junho de 1994 entrou em funcionamento
o Centro de Dia para Idosos. A 1 Julho de 2000 começou a prestar Apoio
Domiciliário, consolidando o novo rumo traçado na transição da década de 80
para 90. No dia 21 de Dezembro de 1997 foi inaugurada oficialmente a sede da
Associação do Folhadal, complementando as valências já em curso em 2001, com a
inauguração do recinto desportivo e mais tarde com os respectivos balneários,
em 2007.
Actualmente, o Centro de Dia acolhe 20 utentes nas suas
instalações, com apoio em múltiplas actividades diárias, que incluem as
refeições, higiene pessoal, tratamento de roupas, fisioterapia, acompanhamento
médico e actividades de lazer. Presta ainda Apoio Domiciliário a 25 utentes
que, permanecendo nas suas habitações, recebem apoio 365 dias por ano,
principalmente na alimentação, apoio na toma dos medicamentos, higiene pessoal
e doméstica, e outros assuntos relacionados com a habitação.
Embora mais vocacionado para prestar apoio social, a
Associação não esquece as suas raízes e o seu património, integrando noutras
actividades os seus utentes e amigos. Os bailes são agora menos concorridos,
mas não é por isso que deixam de ser apreciados. A excelência do Salão de
Festas, permite a realização de vários tipos de espectáculos assim como
jantares comemorativos, juntando lazer, diversão e animados convívios. É o que
sucede, por exemplo, pelo Natal e na evocação de cada aniversário do Centro de
Dia. Simultaneamente, procuramos recriar celebrações da comunidade, como sejam,
o Cantar das Janeiras, o Carnaval, o saltar da fogueira pelos Santos Populares,
o S. Martinho, noites de fado e demais actividades culturais e recreativas.
Em 2013 a Associação teve oportunidade de alargar ainda mais
o seu âmbito, ao publicar o livro Folhadal – Do Lugar e das suas gentes, do
autor José Gomes Ferreira, e de inaugurar a exposição de fotografias antigas
alusivas à vivência deste povo de Folhadal.
Em 2014 iniciou-se na Sede desta Associação uma Escola de
Música, encontrando-se actualmente inscrições abertas aos participantes
interessados. Desta Escola resultou a criação do Grupo Musical os Fenianos,
apoiado por esta Associação. Com a história da aldeia a confundir-se por vezes
com a história da Associação e vice-versa, estes são marcos dos quais nos
orgulhamos, aguardando para breve a publicação do catálogo da exposição que
contemplará o espólio apresentado e novas imagens que se juntaram à recolha
anteriormente realizada.
Quanto ao futuro da Associação depende de todos nós. Os
actuais órgãos sociais estão dispostos a trabalhar pela manutenção do que temos
alcançado e para ir mais longe. Para isso adquiriram recentemente um terreno
limite á Associação com a área de 6000,00 m2, para nova construção, de apoio à
área social. Acreditamos que quem vier a seguir agirá no mesmo sentido, pois
apesar de eventuais diferenças dentro desta comunidade, existem fortes laços
que a unem em prol de causas comuns.
Localidade
Folhadal é uma aldeia que dista 2 Km a Sul da vila de Nelas. Segundo uma das teses sobre o nome da aldeia, a designação Folhadal deve-se à existência de grandes quantidades de folhado, nome de um arbusto caprifoláceo que seria vulgar na região. Com base nessa tese, o nome é um colectivo em –al do género de carvalhal, ervedal, castanhal, cevedal, que nos dois primeiros casos correspondem ao nome de localidades ou lugares no concelho de Nelas e concelhos limítrofes. Segundo o citado José Pinto Loureiro, no foral atribuído por El rei D. Dinis, a 13 de Janeiro de 1286, aos 26 moradores “o herdamento tinha a designação de Ffolhadaal”, nome que se manteve no Censo de 1527. Mais tarde o Padre Carvalho da Costa utiliza os nomes Folhadal e Filhadal, designações que se manteriam em meados do séc. XX (Loureiro, 1988: 278). No início do mesmo século Fortunato de Almeida chama-lhe Fulhadal (Almeida, 1915: 635), forma ainda usada na sua expressão oral, paralelamente a uma outra que sugere a supressão da primeira vogal, ou seja, pela expressão F’lhadal. Outra tese sobre a origem do nome da aldeia foi proposta por Augusto Soares D’Azevedo Barbosa de Pinho Leal na sua obra de referência – Portugal Antigo e Moderno (1874) –, sugerindo a denominação Toladal. Embora o termo coincida quanto ao enquadramento do espaço natural envolvente, referindo-se Toladal ao espaço entre dois ribeiros, esta tese é menos aceite.
Pelourinho de Vilar Seco - Nelas
O Pelourinho de Vilar Seco localiza-se na freguesia de Vilar Seco, concelho de Nelas, distrito de Viseu, em Portugal. Este pelourinho encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1933.
Este pelourinho de gaiola foi reconstruído a partir de fragmentos. É constituído por três degraus onde assenta um fuste prismático, sem base, de oito faces lisas. O cimo é em gaiola aberta de oito colunelos baixos, assentes em taça octogonal. A cobertura é em cúpula poligonal coroada por moldura circular e duas esferas escalonadas, sobrepostas em pináculo.
A história de Vilar Seco está intimamente ligada à do antigo concelho de Senhorim, do qual chegou a ser sede. Senhorim teve primeiro foral outorgado por D. Afonso Henriques, conforme se pode ler no preâmbulo do foral manuelino de 1514. No século XIII, o concelho era formado pelos territórios das actuais freguesias de Senhorim, Nelas, Santar e Vilar Seco. Esta última foi instituída como cabeça do concelho, em substituição da Vila de Senhorim, recebendo o pelourinho na sequência da doação do foral novo de D. Manuel. Na mesma altura se terá construído a casa da Câmara e cadeia comarcã em Vilar Seco, que a tradição oral ainda hoje evoca ter existido anteriormente no Largo do Terreiro de Senhorim. Este concelho foi extinto em 1852, passando a integrar o de Nelas, e o pelourinho acabou por ser destruído, em data incerta. O monumento actual é uma reconstituição de 1949, que tomou em conta outros pelourinhos do género, e ainda o único elemento que restava do original, nomeadamente a base da gaiola (em muito mau estado de conservação).
O pelourinho possui base de três degraus octogonais, de aresta, sendo composto por coluna oitavada e remate em gaiola. Esta é formada por uma taça oitavada, de faces côncavas, assente sobre duas estreitas molduras octogonais, e com rebordo rematado por molduração idêntica; sobre o rebordo existem oito colunelos baixos, que sustentam um chapéu em cúpula octogonal rebaixada, encimada por um pináculo embolado. SML
10 junho 2021
08 junho 2021
Rotundas de Nelas
Este monumento, implantado numa rotunda de Nelas, faz alusão à unidade do concelho. Lembre-se que Canas de Senhorim pertence a Nelas...
Rotunda do Bairro da Igreja em frente a Igreja Matriz.
Esta escultura em granito e mármore tem a forma de um arco, parecendo representar uma porta.
Rotunda do Brasão
06 junho 2021
RIO DÃO TAMBÉM PASSA NO CONCELHO DE NELAS!
CURIOSIDADE
O #rio #Dão nasce na freguesia de Eirado, mais propriamente na Barranha, concelho de Aguiar da Beira, Distrito da Guarda e desagua no Rio Mondego, em plena albufeira da Barragem da Aguieira, nos limites dos concelhos de Santa Comba Dão, Mortágua e Penacova. Atravessa ou demarca ao longo de #92km os limites dos concelhos de Aguiar da Beira, Penalva do Castelo, Mangualde, Nelas, Viseu, Carregal do Sal,Tondela e Santa Comba Dão.
Nestas fotos vimos a ponte da Pinoca entre Nelas e Viseu a antiga ponte de Santa Comba Dão e a Nova Ponte o rebanho das ovelhas é uma paisagem sobre o Rio Dão.
05 junho 2021
O Rio Mondego passa no Concelho de Nelas
O Mondego é um dos mais importantes rios de Portugal. Mas quando nasce, no alto da serra da Estrela, não parece sequer ter força para se transformar no grande rio que é. Vamos seguir esta corrente.
Em Portugal é caso único um rio nascer numa fonte à beira da estrada. Assim começa o Mondego, um fio de água no alto da serra da Estrela, a 1425 metros de altitude. Tão pequenino é, tão frágil parece, que os portugueses baptizaram-no de Mondeguinho. Mas depressa se faz rio grande e forte e, ao longo do seu trajeto atravessa três distritos, passa por povoações e cidades importantes como Penacova, Celorico, Nelas e Coimbra. Acredita-se que as suas águas têm o poder de curar doenças de pele e, por isso, são muito procuradas nas termas de Caldas de Felgueira. Antes de desaguar, perto da Figueira da Foz, o Mondego alberga várias espécies de aves mais ou menos raras: flamingos, garças-reais, garças-brancas-pequenas e estorninhos-malhados são apenas algumas que vivem ou passam por aqui. Seguimos a história deste rio num vídeo extraído do documentário “Rios de Portugal” produzido em 1985. Origem do nome Os romanos chamavam Munda ao rio Mondego. Munda significa transparência, claridade e pureza. Nesses tempos as suas águas eram assim. Ao longo da Idade Média o rio continuou a chamar-se Munda. Aspectos físicos e naturais O rio Mondego tem um comprimento aproximadamente de 258.3 quilómetros[1]. A sua nascente situa-se na serra da Estrela, no sítio de Corgo das Mós (ou Mondeguinho), freguesia de Mangualde da Serra, concelho de Gouveia, a uma altitude de cerca de 1525 metros[1]. No seu percurso inicial, atravessa a serra da Estrela, de sudoeste para nordeste, nos concelhos de Gouveia e Guarda. A poucos quilómetros desta cidade, junto à povoação de Vila Cortês do Mondego, atinge uma altitude inferior a 450 metros. Nesse ponto, inflecte o seu curso, primeiro para noroeste e depois, já no concelho de Celorico da Beira, para sudoeste. Aqui se inicia o seu curso médio, ao longo do planalto beirão, cortando rochas graníticas e formações metamórficas. Depois de atravessar o concelho de Fornos de Algodres, o rio Mondego serve de fronteira entre os distritos de Viseu, a norte, e da Guarda e de Coimbra, a sul. Assim, delimita, na margem norte, os concelhos de Mangualde, Seia, Nelas, Carregal do Sal, Santa Comba Dão e Mortágua, enquanto que na margem sul serve de limite aos concelhos de Gouveia, Oliveira do Hospital, Tábua, Penacova e Vila Nova de Poiares. Entre Penacova e Coimbra, o rio percorre um apertado vale, num trajecto caracterizado por numerosos meandros encaixados. Depois de se libertar das formações xistosas e quartzíticas, e já nas imediações da cidade Coimbra, o rio inaugura o seu curso inferior, constituído pelos últimos quarenta quilómetros do seu trajecto e cumprindo um desnível de apenas 40 metros de altitude. Nesta última etapa, percorre uma vasta planície aluvial, cortando os concelhos de Coimbra, Montemor-o-Velho e Figueira da Foz, onde desagua, no oceano Atlântico. Junto à sua foz forma-se um estuário com cerca de 25 km de comprimento e 3,5 km² de área.[2] Nos últimos 7,5 km do seu troço desdobra-se em dois braços (norte e sul), que voltam a unir-se junto à foz, formando entre si a pequena ilha da Murraceira.
Em Portugal é caso único um rio nascer numa fonte à beira da estrada. Assim começa o Mondego, um fio de água no alto da serra da Estrela, a 1425 metros de altitude. Tão pequenino é, tão frágil parece, que os portugueses baptizaram-no de Mondeguinho. Mas depressa se faz rio grande e forte e, ao longo do seu trajeto atravessa três distritos, passa por povoações e cidades importantes como Penacova, Celorico, Nelas e Coimbra. Acredita-se que as suas águas têm o poder de curar doenças de pele e, por isso, são muito procuradas nas termas de Caldas de Felgueira. Antes de desaguar, perto da Figueira da Foz, o Mondego alberga várias espécies de aves mais ou menos raras: flamingos, garças-reais, garças-brancas-pequenas e estorninhos-malhados são apenas algumas que vivem ou passam por aqui. Seguimos a história deste rio num vídeo extraído do documentário “Rios de Portugal” produzido em 1985. Origem do nome Os romanos chamavam Munda ao rio Mondego. Munda significa transparência, claridade e pureza. Nesses tempos as suas águas eram assim. Ao longo da Idade Média o rio continuou a chamar-se Munda. Aspectos físicos e naturais O rio Mondego tem um comprimento aproximadamente de 258.3 quilómetros[1]. A sua nascente situa-se na serra da Estrela, no sítio de Corgo das Mós (ou Mondeguinho), freguesia de Mangualde da Serra, concelho de Gouveia, a uma altitude de cerca de 1525 metros[1]. No seu percurso inicial, atravessa a serra da Estrela, de sudoeste para nordeste, nos concelhos de Gouveia e Guarda. A poucos quilómetros desta cidade, junto à povoação de Vila Cortês do Mondego, atinge uma altitude inferior a 450 metros. Nesse ponto, inflecte o seu curso, primeiro para noroeste e depois, já no concelho de Celorico da Beira, para sudoeste. Aqui se inicia o seu curso médio, ao longo do planalto beirão, cortando rochas graníticas e formações metamórficas. Depois de atravessar o concelho de Fornos de Algodres, o rio Mondego serve de fronteira entre os distritos de Viseu, a norte, e da Guarda e de Coimbra, a sul. Assim, delimita, na margem norte, os concelhos de Mangualde, Seia, Nelas, Carregal do Sal, Santa Comba Dão e Mortágua, enquanto que na margem sul serve de limite aos concelhos de Gouveia, Oliveira do Hospital, Tábua, Penacova e Vila Nova de Poiares. Entre Penacova e Coimbra, o rio percorre um apertado vale, num trajecto caracterizado por numerosos meandros encaixados. Depois de se libertar das formações xistosas e quartzíticas, e já nas imediações da cidade Coimbra, o rio inaugura o seu curso inferior, constituído pelos últimos quarenta quilómetros do seu trajecto e cumprindo um desnível de apenas 40 metros de altitude. Nesta última etapa, percorre uma vasta planície aluvial, cortando os concelhos de Coimbra, Montemor-o-Velho e Figueira da Foz, onde desagua, no oceano Atlântico. Junto à sua foz forma-se um estuário com cerca de 25 km de comprimento e 3,5 km² de área.[2] Nos últimos 7,5 km do seu troço desdobra-se em dois braços (norte e sul), que voltam a unir-se junto à foz, formando entre si a pequena ilha da Murraceira.
CALDAS DA FELGUEIRA - CONCELHO DE NELAS
Após o incêndio do Grande Hotel em 1963 as Caldas continuaram a funcionar, pois para além deste hotel havia várias pensões, como a Pensão Maial e a Pensão Moderna que continuaram a funcionar.
A Pensão Maial foi uma das que recebeu refugiados alemães após a Guerra de 39/45.
O seu proprietário, o professor Bidarra. foi professor em Nelas e durante a guerra deslocava-se de burro da Felgueira para Nelas e vice-versa!!!!
Embora referida nas memórias paroquiais mandadas fazer em 1758 pelo Marquês de Pombal, a existência de uma «nascente quente e sulfúrica no limite do lugar de Vale de Madeiros», é no começo do século XIX que se inicia a utilização das águas das Caldas da Felgueira. A entrada em funcionamento em 1997 do novo Centro Termal, 115 anos após a constituição da Companhia das Águas Medicinais da Felgueira, com a sua nova dimensão física, sofisticação técnica e qualidade profissional, constituiu a melhor afirmação de confiança no futuro do termalismo das Caldas da Felgueira.
Associadas desde sempre à cura termal, as Caldas da Felgueira têm, naqueles que aqui buscam a resposta às suas patologias, a sua primeira razão de ser e o seu orgulho de bem-fazer. Mas reduzir o termalismo à cura termal ou estabilização dos doentes crónicos é limitar em muito o seu interesse para os tempos de hoje.
Assim, as Caldas da Felgueira apostam em dois segmentos de intervenção fundamentais para a qualidade de vida a que todos aspiramos.
A reeducação necessária - Primeiramente pretendem ser um lugar de reabilitação e reeducação para a saúde, aproveitando a cura termal- cuja duração oscila entre os 14 e os 21 dias – para melhorar as prestações diminuídas ou corrigir hábitos civilizacionais errados- postura, alimentação, ritmo de vida e livre escolha entre outros.
O desafio da prevenção - Mas é na prevenção primária da saúde - Promoção da Saúde - que as Caldas da Felgueira têm o seu maior e mais delicado desafio. Criar condições sérias para que os ativos e saudáveis não deixem de o ser – quer no campo do somático, quer no campo do psíquico – é, indubitavelmente, o projeto de futuro das Caldas da Felgueira.
Estas termas são usadas, desde o fim do século XVIII, para tratar doenças reumáticas, musculoesqueléticas e do aparelho respiratório. Além de estarem inseridas num local marcado pelo vale do Alto Mondego, dispõe de programas e tratamentos variados, alguns dos quais, com a possibilidade de escolher o alojamento incluído.
CARACTERÍSTICAS DA ÁGUA:
Mineralização Total: Fracamente mineralizada
Quimismo: Sulfúrea, Bicarbonatada, Sódica, Fluoretada
A água mineral natural das Caldas da Felgueira é de natureza sulfúrea primitiva, com pH de 8,4, é bicarbonatada, sódica, fluoretada e mesotermal (35,8ºC). Captada em profundidade, a sua estabilidade e pureza é garantida por um controlo permanente quer em termos bacteriológicos, quer em termos físico-químicos.
É uma água única, que se deixa descobrir e conduzir do interior da Terra, para rituais de Cura, de Bem-Estar, Equilíbrio e Beleza. Esta água de excelência é usada nos tratamentos termais das vias respiratórias, nas afeções reumáticas e músculo esqueléticas e também nos programas de bem-estar, estética e beleza. Quaisquer que sejam as utilizações, estas águas cumprem o seu destino e merecem a sua visita às Caldas da Felgueira.
ÉPOCA TERMAL:
De 1 Março a 18 de Novembro
No passado sábado, dia 29 de setembro 2020, teve lugar em Vilar Seco mais uma recriação histórica, desta vez em torno das tradições ancestrais do cultivo do milho. Este evento surge da necessidade de preservar o património imaterial ainda enraizado nesta comunidade rural. Todo o ritual foi cumprido, começando com a apanha das canas do milho no lameiro, o transporte tradicional para a eira junto ao Cristo Rei, e a colocação em montes para se proceder à desfolhada. A atividade, acompanhada pelo Rancho Folclórico de Vilar Seco, lembrou os cantares alusivos ao campo enquanto os participantes “cascavam” o milho. Dos vários momentos recriados, foi o aparecimento do milho-rei, a espiga vermelha, o que mais animou os presentes resultando, tal como manda a tradição, em beijos e abraços. Depois de descascada a última espiga, os participantes “malharam” o milho com a ajuda do “mangual”. No final, para celebrar a colheita, houve uma merenda oferecida a todos os participantes seguida de arraial e danças de roda num baile tradicional. Esta atividade foi organizada pela Câmara Municipal de Nelas e pela Junta de Freguesia de Vilar Seco.
5 de junho, Dia Mundial do Ambiente - A Terra é a nossa única Casa
Celebra-se hoje, dia 5 de junho, o Dia Mundial do Ambiente, uma jornada promovida desde 1972 pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente visando a sensibilização global, de todos e cada um de nós, para as questões essenciais relacionadas com a proteção do meio ambiente e das suas consequências sobre a qualidade de vida das populações e da própria sobrevivência do planeta
.
Mata do Fontelo! (Foto LuiSobral)
O Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado anualmente em 5 de Junho e tem como objetivo promover atividades de proteção e preservação do meio ambiente.
A data serve como alerta à sociedade sobre os perigos de negligenciarmos a tarefa de cuidar do mundo em que vivemos.
Porque dia 5 de junho, é o dia mundial do meio ambiente?
Porque no dia 5 de junho de 1972 teve início a primeira das Conferências das Nações Unidas sobre o ambiente humano, a Conferência de Estocolmo. A reunião durou até o dia 16 e congregou vários governos e ONG’s. A partir de então, a data consta do calendário da ONU – Organização das Nações Unidas como o Dia Mundial do Meio Ambiente.
Destacamos, algumas dicas de preservação a serem praticadas no dia a dia:
1- Economizar água: Fechar a torneira enquanto escovar os dentes, ao lavar louças ou durante o banho, pode gerar uma grande economia de água.
2- Cultive áreas verdes: Manter árvores em nosso planeta, garante melhor qualidade de vida e um ar mais puro. Plante uma árvore!
3- Economize energia elétrica: Evite deixar as luzes acesas ou aparelhos eletrônicos ligados quando não estiver utilizando.
4- Diminua o uso de sacolas plásticas: Utilize embalagens ecológicas, pois além de práticas, são super sustentáveis.
5- Andar de bicicleta: Além de proporcionar bem estar e ser considerada uma grande aliada da saúde física, evita poluições ao ar.
6- Separe o lixo: Com o objetivo de reaproveitar os materiais, a importância de separar o lixo é fundamental para o meio ambiente.
7- Use lâmpadas fluorescentes: Com o benefício de consumir em até 75% menos energia, duram até 10 vezes mais que as incandescentes.
Municipio de Nelas - Nelas Vive
Situado no centro da Região do Dão, entre os rios Dão e Mondego que serpenteiam ao longo das serranias do Caramulo e da Estrela, o Concelho de Nelas goza de uma localização privilegiada, rodeada de paisagens verdejantes, onde predominam os pinhais e vinhedos do Dão, jardins que escondem a arte da azulejaria portuguesa.
Com um património rico e variado, o Concelho de Nelas é célebre pelos seus afamados e requintados vinhos, bem como pela sua excelente gastronomia tipicamente beirã. A cultura, forte e rica em tradições, traduz-se num conjunto de eventos icónicos, sinónimo de qualidade e criatividade, onde se destacam a Feira do Vinho do Dão, o Carnaval de Nelas e de Canas de Senhorim, as Marchas Populares e a Viagem Medieval de Canas de Senhorim, que atraem milhares de visitantes.
Do centro histórico de Canas de Senhorim ao Rio Castelo, da Aldeia Cultural da Lapa do Lobo à nobreza da Vila Vinhateira do Dão que é Santar, os roteiros são muitos para descobrir. Localizadas em pleno meio rural e rodeadas por deslumbrantes paisagens, as Caldas da Felgueira são um convite a um local quase paradisíaco, que conjuga saúde, descanso e lazer. O seu Centro Termal equipado com modernas e amplas instalações, está vocacionado para tratamentos das vias respiratórias, nas afeções reumáticas e músculo esqueléticas e também em programas de bem-estar, equilíbrio e beleza.
www.cm-nelas.pt
O município de Nelas é limitado pelos municípios de Mangualde, Seia, Oliveira do Hospital, Carregal do Sal e Viseu. Pertence à Região Demarcada dos Vinho do Dão. O concelho de Nelas fica situado no Planalto da Beirão, rodeado pelas serras da Estrela, Açor, Lousã, Buçaco, Caramulo, Freita e a serra Montemuro.
História da Estação da CP da Vila de Nelas
A Linha da Beira Alta entrou ao serviço de forma provisória em 1 de Julho de
1882, tendo a linha sido totalmente inaugurada, entre a Figueira da Foz e a
fronteira com Espanha, no dia 3 de Agosto do mesmo ano, pela Companhia dos
Caminhos de Ferro Portugueses da Beira Alta. Século XX Em 1913, a estação de
Nelas era servida por carreiras de diligências até Carvalhal da Louça, Paranhos,
Tourais, Vila Chã, Ponte de Santiago, Seia e São Romão. Em 1933, foi instalada
uma nova via transversal, que se ligava à linha do cais por uma placa. Em 1935,
a Companhia da Beira Alta tinha um serviço de camionagem entre Seia e a estação
de Nelas. Em 1936, a Companhia fez grandes obras de reparação nesta estação. Em
1940, foram modificadas as vedações em betão armado e alteradas as vias férreas
do lado de Mangualde, de forma a aumentar a sua capacidade para vagões. Em data
anterior a 1989 a CP começou a operar uma ligação por autocarros entre a estação
de Nelas e a cidade de Viseu, sem paragens intermédias. No verão de 1988 começou
a funcionar o serviço Intercidades da Beira Alta, que ligava Lisboa à Guarda. A
estação ferroviária de Nelas era, desde o início, uma das paragens efetuadas
pelos comboios deste serviço. Em 1989 a CP anunciou que os autocarros para Viseu
iriam deixar de começar na estação de Nelas e que iriam passar a começar na
estação de Mangualde. A mudança ia ser aplicada quando entrasse em vigor o
horário de verão da CP para 1989. A mudança gerou fortes protestos por parte da
população e da Câmara Municipal de Nelas. Com efeito, em 27 de Maio de 1989
cerca de 200 populares obstruíram com carris e travessas as linhas na estação de
Nelas, o que fez com que o tráfego ferroviário estivesse cortado na Linha da
Beira Alta entre as 17:50h e as 20:15h desse dia. Os populares só desmobilizaram
quando um funcionário da CP anunciou que a companhia tinha suspenso a decisão de
transferir o terminal de Nelas para Mangualde. Na mesma altura, começou a
circular o rumor de que os comboios Intercidades iam deixar de parar em Nelas, o
que levou o deputado da Assembleia da República Manuel Vaz Freixo (PPD-PSD) a
questionar a CP sobre que alterações pretendia fazer às paragens dos comboios
que serviam a estação de Nelas. Em Julho de 1989, a CP esclareceu que não
pretendia alterar o regime de paragens dos comboios na estação de Nelas; quanto
à mudança do terminal do transbordo rodoviário de Nelas para Mangualde, a CP
disse que a medida era justificada porque com a construção da via rápida IP5 os
acessos de Viseu a Mangualde tornaram-se mais fáceis do que de Viseu a Nelas.
Contudo, a companhia reconheceu que a mudança proposta era controversa na
região, pelo que decidiu suspender a mudança e realizar um estudo comparativo
entre Nelas e Mangualde para averiguar qual seria melhor solução para a ligação
por autocarros a Viseu. A CP acabou por decidir manter o terminal em Nelas. Em
Junho de 1997 a CP deixou de ser o operador da ligação por autocarros entre
Nelas e Viseu: a responsabilidade por assegurar esses serviços foi concessionada
à Empresa Marques S.A..
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estação_Ferroviária_de_nelas
Lembro-me perfeitamente destes dias em que a Estação estava sempre assim a pinha
para as pessoas subirem ao comboio de regresso aos seus destinos, principalmente
aos domingos a partir das 14h.
04 junho 2021
Escanção de Nelas!
Autarquia presta homenagem pública ao Escanção na Feira do Vinho
No âmbito da 23ª Feira de Vinhos do Dão, que irá decorrer na Praça do Município de Nelas, entre os dias 5 e 7 de Setembro, a Câmara Municipal irá prestar uma merecida homenagem ao Escanção. A vila de Nelas é o único local do país – e que se saiba, no mundo – que tem uma estátua dedicada à figura do escanção, o profissional encarregue de sugerir vinhos (entre outras bebidas) e do seu serviço. Adicionalmente, cuida da compra, armazenamento e rotação dos mesmos na cave, além de elaborar cartas de vinho em restaurantes. Situada no Largo General José de Tavares, em Nelas, a estátua foi encomendada ao escultor Domingos Soares Branco pelo então Presidente da Junta de Turismo das Caldas de Felgueiras, Eurico de Amaral, que desde sempre reconheceu na figura do escanção o profissional por excelência para promover o vinho da sua região, o Dão. Inaugurada no ano de 1966, a estátua foi inspirada na figura do escanção Fernando Ferramentas, que na época trabalhava no Hotel Aviz, em Lisboa, onde Eurico de Amaral ia almoçar algumas vezes. Daí nasceu uma boa amizade e a certeza de que a figura do escanção era fundamental para sugerir e vender bons vinhos. «Já nessa época o meu pai tinha a noção da importância que o escanção tinha na restauração. Logicamente, percebeu que a promoção do vinho da região do Dão teria de passar por estes profissionais», afirmou o filho do então Presidente da Junta de Turismo, também ele de nome Eurico de Amaral e actual proprietário da Quinta da Fata, em Nelas. «A estátua foi uma forma de prestar a justa homenagem pelo que os escanções fizeram pelo vinho do Dão», rematou. A cerimónia está marcada para as 9h do dia 6 de Setembro (Sábado), no Largo Tavares, e terá a presença de Eurico Amaral (que ainda hoje tem na sua posse a prova de autor da estátua do escanção que o escultor ofereceu a seu pai), da Vereadora da Câmara Municipal de Nelas, Sofia Relvas; e do Presidente da Associação dos Escanções de Portugal, Rodolfo Tristão, entre outras personalidades e escanções convidados. Sobre o escultor Domingos Soares Branco (1925 – 2013) Nascido em Lisboa, entra em 1944 para a Escola de Belas Artes de Lisboa tendo como mestres Simões de Almeida (sobrinho) e Leopoldo de Almeida, vindo a concluir o curso de escultura em 1953. Inicia uma carreira docente na mesma escola em 58, terminando esse percurso em 1996 como professor jubilado. Em 1951 obteve o 2º Prémio de Escultura Soares dos Reis do SNI. Escultor com uma vasta obra espalhada por todo o país, produzindo numerosas peças de estatuária, bustos, relevos esculpidos para fachadas de edifícios e medalhística. Em Mafra a Oficina-Museu Soares Branco aberta ao público em 1991, surge como uma homenagem à sua obra. Sob encomenta do então Presidente da Junta de Turismo das Caldas de Felgueiras, é o autor da estátua dedicada ao Escanção, em Nelas, inspirada na figura do escanção Fernando Ferramentas, que trabalhava então no Hotel Aviz, em Lisboa.
https://www.centronoticias.pt/2014/08/14/autarquia-presta-homenagem-publica-ao/
A arquitectura do início do século XX.
A arquitectura do início do século XX também está representada nas moradias sitas nas ruas principais de Nelas, nomeadamente na Rua Dr. Eurico do Amaral, na Rua Luís de Camões e na Rua Sacadura Cabral. Devido à forte ligação de Nelas com a produção do vinho do Dão, foi erigida no Largo General José Tavares um estátua dedicada “Ao escanção por bem servir”. Marca o centro do largo homónimo da Vila de Nelas, pondo em relevo o seu estatuto no seio da Região Demarcada do Vinho do Dão. A escultura de bronze representa o perito em provas de vinhos com grande elegância, com os atributos necessários à apreciação das características aromáticas e gustativas do néctar dos deuses.. O cesto que sustenta a garrafa ostenta o nome do respetivo vinho, DÂO. Na base, junto aos pés, a placa de bronze com uma parra de uvas, complementada com outra na parte de trás com as castas nobre da Região Demarcada do Dão, brancas e tintas, sublinham a importância e a qualidade da atividade vinícola na região.
Memórias!
Tinha 2 anos qundo esta estátua foi inaugurada em 1966, claro que nao me lembro da inauguração, mas lembro-me muito bem de passar muitas vezes nesta rua e olhar muitas vezes para a estátua do Escanção. Esta estátua foi inpirada na fugura do Escanção Fernado Ferramentas, que na época trabalhava no Hotel Aviz em Lisboao nde o então Presidente da Junta de Turismo das Caldas de Felgueiras, Eurico de Amaral ia almoçar algumas vezes. Daí nasceu uma boa amizade e a certeza de que a figura do escanção era fundamental para sugerir e vender bons vinhos.
VINDIMAS uma das maiores maravilhas de Portugal. (Vídeo 2020)
Quinta João Fazenda. A vindima ocorreu na localidade de Santar, que fica no Concelho de Nelas no Distrito de VIseu, a 17 km da Cidade de Viseu aqui em Portugal.
História dos Vinhos do Dão!
Não é possível determinar com exatidão quando começou a prática da vitivinicultura no Dão. Sabe-se que é anterior à nacionalidade portuguesa, sendo claramente um reflexo das diferentes culturas que formam ocupando diversas zonas da Península Ibérica. Em 18 de Setembro de 1908 uma Carta de Lei estabelece formalmente a Região Demarcada do Dão. O regulamento para a produção e comercialização dos vinhos aí produzidos surge dois anos volvidos, em 25 de Maio de 1910, com o Decreto regulamentar. Com esta decisão, o Dão torna-se a primeira região de vinhos não licorosos a ser demarcada e regulamentada no nosso país. Beneficiou de diversos fatores para conseguir tal distinção:
Prestigio – Os vinhos do Dão eram comercializados a preços mais elevados que a média nacional, beneficiando dos elogios dos técnicos agrícolas da época, como António Augusto Aguiar. Além disso, os vinhos do Dão, em finais do século XIX conseguiram obter distinções nas grandes exposições nacionais e internacionais da altura em Lisboa, Londres, Berlim e Paris. Grande Produtores – A Região do Dão beneficiava da presença de grandes produtores de vinho sendo que algumas propriedades eram vistas como pioneiras e mesmo modelo a nível nacional. Destacavam-se os nomes Casa da Ínsua, Conde de Vilar Seco, Conde de Santar ou José Caetano dos Reis. Influência Política – Entre 18 de Setembro de 1908 (data da primeira delimitação da região) e 25 de Maio de 1910 (data de regulamentação) foi exercida uma intensa pressão social e política pelas forças sociais e políticas da região nos jornais locais e nacionais, no Parlamento, em reuniões sectoriais, etc. Contavam-se aí instituições agrícolas importantes, como os sindicatos agrícolas de Nelas e Vila Nova de Tazem ou a Liga Regional dos Agricultores da Beira. Nomes ligados ao associativismo agrícola (como Pedro Ferreira do Santos, José Caetano dos Reis ou Joaquim Paes de Brito), autarcas (como Joaquim Paes da Cunha, presidente da Câmara Municipal de Nelas) e representantes regionais na Câmara dos Deputados (como Afonso de Mello, António Pereira Vitorino, José Vitorino, Cabral Metello ou José de Matos Cid) ajudaram à demarcação da região com intervenções diversas e a vários níveis. O Dão ficou desde sempre afamado pela produção de vinhos de mesa com um perfil muito particular: vinhos nobres, elegantes, boas escolhas para acompanhar variadas criações gastronómicas, com elevado potencial de guarda e até com algumas semelhanças com a prestigiada região francesa da Borgonha.
Já no século XIX era significativa a exportação de vinhos do Dão para França e Brasil. Todas estas características foram sendo reconhecidas e apreciadas pelos consumidores, com o Dão a assumir-se como região privilegiada no país para a produção de vinho. Todavia, a partir das décadas de ’60 e ’70 do século XX, a produção dos vinhos do Dão foi-se deteriorando, uma vez que se começou a apostar mais no volume de produção e menos na qualidade. As adegas cooperativas dominavam o mercado e o Dão ressentiu-se de toda a orientação seguida nessa época. Depois de uma certa “travessia do deserto”, o Dão foi retomando o caminho mais correto, sobretudo a partir de meados da década de ’90, momento em que se começou a verificar uma melhoria muito significativa da generalidade dos vinhos da região, o que tem permitido um renascimento fantástico, muito devido ao investimento de pequenos vitivinicultores na região donde surgiram os vinhos de Quinta. Às novas práticas vitícolas e às novas tecnologias de vinificação aliou-se um espírito empreendedor de querer fazer melhor, com resultados que têm provado que as novas opções têm sido as mais corretas. Algumas das mais importantes empresas de vinho portuguesas estão representadas no Dão, somando-se inúmeros produtores privados que têm conseguido vinho de quinta de qualidade já reconhecida.
Vinhos do Dão
Os vinhos do Dão apresentam características tidas como únicas no universo dos vinhos portugueses. Beneficiando da conjugação muito particular entre clima, solo e outros aspetos – aquilo a que se designa habitualmente por terroir – são vinhos que têm na elegância e nos aromas suaves autênticas marcas distintivas.
Em cerca de 388 mil hectares de extensão, a Região Demarcada do Dão apresenta perto de 20 mil hectares de vinhas, espraiadas por sete sub-regiões: Sub-região de Alva (municípios de Oliveira do Hospital e Tábua), Sub-região de Besteiros (municípios de Mortágua, Santa Comba Dão e 22 freguesias de Tondela), Sub-região de Castendo (municípios de Penalva do Castelo e duas freguesias do Sátão), Sub-região da Serra da Estrela (19 freguesias do município de Gouveia e 19 freguesias de Seia, Sub-região de Silgueiros (cinco freguesias de Viseu) Sub-região Terras de Azurara (município de Mangualde), Sub-região de Senhorim (município de Carregal do Sal e Nelas).
A norte e ao centro da região encontramos solos graníticos e na parte sul solos xistosos. O clima é em larga medida condicionado pelas Serras da Estrela, Caramulo, Lousã, Buçaco, Nave e Açor que protegem as vinhas dos ventos marítimos agrestes. Juntam-se ainda os rios Mondego, Paiva, Vouga e Dão. Perante este quadro, obtemos um clima quente e seco no verão, frio e chuvoso no Inverno. Por ano são produzidos cerca de 50 milhões de litros de vinho na região dos quais 40% a 50% são suscetíveis de obterem a Denominação de Origem controlada. Estes possuem um padrão inconfundível, onde a elegância, o bom acompanhamento gastronómico e a capacidade de envelhecimento são traços fundamentais e de especial relevo.
As castas tintas autorizadas na região são: Touriga Nacional, Aragonês (Tinta Roriz), Alfrocheiro, Jaen, Trincadeira, Alverelhão, Bastardo, Rufete e Tinta Cão; e as brancas: Encruzado, Malvasia Fina (Arinto do Dão), Bical, Cercial, Barcelo, Rabo de Ovelha, Terrantez e Uva Cão. Apesar desta panóplia de castas, a notoriedade dos vinhos do Dão deve-se, sobretudo, ao uso da Touriga Nacional, Jaen, Alfrocheiro, Aragonês e Encruzado. O caso da Touriga Nacional – tida como a casta mais emblemática do país – é sintomático, havendo vários especialistas que entendem ser o Dão o local onde esta casta melhor expressa todas as suas potencialidades.
Estes são, apenas, algumas das particularidades de uma região rica em história, em vinha e em vinho. Realçar uma tradição vitivinícola enquanto potenciadora de crescimento e desenvolvimento é claramente um dos objetivos do Dão neste novo século.
Vinícola de Nelas
A Vinícola de Nelas foi fundada em 1939 e desde o início, dedicou-se ao comércio de vinhos. Foi, nos anos 70, uma das maiores empresas portuguesas exportadoras de vinhos, nomeadamente para os mercados africanos. A partir de 1990, após a construção de uma nova adega para vinificação, começou a produzir a partir de uvas próprias e adquiridas a agricultores da região, os seus próprios vinhos com denominação de origem DÃO.
Esta nova adega tem uma capacidade de produção de 3.000.000 litros / ano. A capacidade de armazenamento é de 3.500.000 litros sendo 50% em depósitos inox.Existe moderna linha de engarrafamento para 3.000 garrafas / hora. Possuem uma cave, para estágio de vinhos engarrafados, com capacidade para 400.000 garrafas que dão origem ás Reservas e Garrafeiras. Embalamos os nossos vinhos com as nossas marcas registadas Dão Oiro da Beira, Escanção, Status e Quinta das Estrémuas.
Tesouros do Concelho de Nelas
A região de Nelas, tem inúmeros pontos de interesse, as Casas Senhoriais, o património arqueológico/arquitetónico, as Quintas seculares de produção de Vinho do Dão, bem como as Termas das Caldas da Felgueira.
Nelas "Coração do Dão"
Nelas está integrada desde o século XII no território de Senhorim, onde formou durante muitos anos apenas uma freguesia. E, foi graças, à sua posição geoestratégica e com o aparecimento de liberalismo que viu a sua importância e desenvolvimento reconhecidos. Nelas é um Concelho do Planalto Beirão, coberto de pinhais e vinhedos situado entre os vales do Mondego e do Dão, debruada mais ao longe pelas Serras da Estrela e do Caramulo, no cruzamento de duas importantes vias de comunicação, uma que conduz Viseu a Seia (Serra da Estrela) e a outra Santa Comba Dão a Mangualde e também a passagem do caminho-de-ferro, linha da Beira Alta. Em 1514 Nelas recebeu um foral novo de D. Manuel. O concelho é de formação recente, por carta régia de D. Maria II, em 1852, e reuniu os anteriores concelhos de Senhorim (com sede em Vilar Seco) e de Canas de Senhorim. Nos 152 anos que se seguiram, o Concelho de Nelas caminhou no sentido de uma crescente afirmação. Durante todo o séc. XX, a vila assumiu primazia industrial no Distrito de Viseu. Primeiro, com os Fornos Eléctricos e as Minas da Urgeiriça, em Canas de Senhorim, na actualidade, após a decadência daquelas empresas, um novo surto de industrialização apareceu. O Município de Nelas está porém virado para o futuro, procurando aproveitar todas as potencialidades que a Região do Dão, de que é o coração, lhe pode proporcionar. É assim com o Vinho, marca de referência da região. Em Nelas produzem-se os melhores vinhos Dão, está aqui sediado o Centro de Estudos Vitivinícolas, é em Nelas que se realiza a Festa/Feira do Vinho do Dão, o maior evento de promoção deste produto com tão grandes potencialidades de crescimento. Mas, associado ao vinho, também há um magnífico Queijo da Serra, de cuja Região Demarcada faz parte, e uma rica Gastronomia, patente em excelentes restaurantes do Concelho. Outro produto de referência, o Azeite, fabricado num moderno, funcional e ecológico Lagar. A vila possui uma rara beleza, por isso, o turismo tem aqui enormes potencialidades, quer para desfrutar de uma inigualável paisagem natural, quer para usufruir da riqueza termal das modernas Caldas da Felgueira, quer para visitar e admirar o valioso património arquitectónico, como Santar e Canas de Senhorim.
O que visitar na vila de Nelas:
Estátua dedicada à figura do Escanção Casa de Tavares – séc. XVII Capela de Nª Sra. da Tosse – séc. XVII Igreja Paroquial de Nelas Câmara Municipal
Das manifestações populares e culturais, são de destacar as festas mais características:
Feira do Vinho do Dão, realiza-se no segundo fim-de-semana do mês de Setembro. A festa da Senhora da Tosse, na segunda-feira de Páscoa Semana do Município, que se realiza de 19 a 25 de Junho Os cortejos e tradições carnavalescas (Carnaval)
A CACHE
A busca desta cache, serve para dar a conhecer a vila de Nelas. Nas coordenadas indicadas encontraram as coordenadas do segundo ponto. No segundo ponto vão ter de encontrar uma data que vos vais dar as coordenadas para o ponto seguinte. Sendo como exemplo: ABCD = 2008.
N 40º 3A.B09 W 007º C1.09D
Neste local vais ter acesso a um dos locais com mais história da vila. Aqui há algumas perguntas para responder. Cada pergunta dá um valor para substituir nas coordenadas finais.
A = número de estrelas que vês (procurem bem…)
B = número de degraus da casa com brasão
C = número de pilares de protecção do monumento.
A cache final encontra-se em N 40° 31.(785 - B) W 007° 51.(328 + A - C)
Agora que têm as coordenadas em vosso poder vão em busca da cache final. Boa cachada!!!
https://www.geocaching.com/geocache/GC1B2AN_nelas-coracao-do-dao?guid=e7787284-cd43-4473-8da4-ce3da0fdc7eb
Tire os seus álbuns fotográficos da estante, pois vamos precisar da sua colaboração. A Associação do Folhadal pretende organizar no próximo mês de Agosto a 1ª Mostra de Fotografia Antiga do Folhadal, que se concretizará com o contributo de todos. Seleccione as fotografias sobre o Folhadal, as pessoas, os momentos de festa, a vida da comunidade no seu labor. Entre os exemplos destacamos os bailes realizados no antigo Salão, as romarias em honra de Nossa Senhora da Tosse e em honra de Santa Eufémia, e muitos outros na vida da nossa aldeia. Durante o mês de Julho façam-nos chegar as fotografias, no formato original, com a promessa de serem posteriormente devolvidas, ou então digitalizadas. Contacte a Associação do Folhadal para saber mais informações e acompanhe na Internet a página do Facebook do Folhadal. Chegou o momento de todos colaborarem um pouco mais e de forma organizada para que se consiga concretizar a I Mostra de Fotografia Antiga do Folhadal. A 1ª etapa passa por procurarem nos álbuns de família fotos sobre a nossa terra. A fase seguinte é a digitalização, caso não consigam contacte a Associação. Contamos com a sua colaboração!Envie as imagens para jogofe@gmail.com e/ou info@a-folhadal.com - https://folhadal.blogs.sapo.pt/98884.html
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